O própolis é uma mistura de pólen, cera e resinas vegetais coletadas pelas abelhas por meio de suas enzimas salivares. Sua função original é vedar a entrada e frestas da colmeia, impedindo a entrada de insetos, bactérias e fungos. Além disso, serve também para manter a temperatura constante dentro da “casa das abelhas” e desinfetar o alvéolo onde a rainha irá depositar os ovos, além de mumificar o invasor que consiga entrar na colmeia. Atualmente, a substância é muito usada na forma de extrato de própolis, que traz diversos benefícios à saúde humana, já que se trata de um antibiótico natural.
Famoso desde o Antigo Egito, o própolis também era conhecido por romanos, gregos e incas. Suas propriedades estão sendo amplamente estudadas pelo mundo até hoje devido os seu benefícios que proporcionam efeito antibacteriano, antiviral, antiprotozoário, antifungico, antiinflamatório, antioxidante, cicatrizante, imunomodulador e antineoplásico.
Existem dois tipos de extratos, o alcoólico e o aquoso.
- Própolis alcoólico: Boa parte dos fitoquimicos bioativos benéficos presentes no própolis são lipossolúveis e são extraídos em álcool, por isso o alcoólico tem o gosto mais forte, mais adstringente e mais amargo, isso se deve à grande concentração e tipo de fitoquímicos em solução.
- Própolis aquoso: Possui ativos solúveis em água, é menos concentrado, porém não inferior em qualidade. Uso preferencialmente o alcoólico, no entanto, em pacientes que apresentam sensibilidade, crianças, gestantes e animais, o aquoso é mais indicado.
Existem variações de própolis de acordo com a matéria prima usada pela abelha:
- Própolis verde: obtida da própolis produzida por abelhas que usam como matéria-prima o alecrim. Essa própolis apresenta o ativo altamente anti-inflamatório denominado arterpelin C.
- Própolis vermelha: Rica em flavonoides lipossolúveis e tem alta capacidade antioxidante.
Outros pontos na escolha
- Pureza: Escolha o própolis pelo grau de pureza, veja a relação p/v ou seja, peso/volume, uso sempre aquelas com p/v maior que 12%.
- Doses: Não existem recomendações específicas, a dose é baseada em estudos de dose/resposta. No geral, uso em torno de 20 gotas de aquoso ou 10 gotas do alcoólico em um pouco de água antes de dormir.
Como tudo na vida, a própolis não é para ser usada todos os dias para o resto da vida, sempre mudo a estratégia antioxidante, mudo o tipo de própolis. A única coisa que vc vai tomar toda dia para resto da vida é água, o resto é variedade, própolis se enquadra nisso. sei que isso é logica, mas sempre é bom reforçar!
Fonte: Nutricionista Doutor Luciano Bruno.
EFEITOS DO PRÓPOLIS
Efeito antibacteriano: Os flavonoides, juntamente com alguns tipos de ácidos também presentes no própolis, causam danos à membrana ou parede celular das bactérias e abalam sua estrutura e funcionamento, impedindo sua multiplicação. Apesar de não ser eficaz contra todos os tipos de bactérias, o extrato de própolis é utilizado regularmente pela população para evitar infecções e aliviar sintomas de dor de garganta, tosse, gastrite, intoxicação alimentar, problemas na gengiva e aftas, assim como prevenir placa bacteriana e mau hálito.
Efeito antiviral: Os flavonoides do tipo crisina e canferol podem diminuir a taxa de replicação do vírus da herpes, enquanto que o ácido cinâmico pode agir de forma significante sobre o vírus da Gripe A (H1N1). Outras substâncias do própolis estão sendo estudados em diferentes linhagens de vírus, inclusive de HIV.
Efeito antiprotozoário: O própolis pode impedir o crescimento de culturas do Trichomonas vaginalis (causador da DST Tricomoníase) e também se mostra efetivo no combate à giárdia (parasita do sistema digestivo humano que causa inflamação no intestino), Toxoplasma gondii (causador da Toxoplasmose) e Trypanosoma cruzi (causador da Doença de Chagas).
Efeito antifúngico: O própolis, combinado com drogas antimicóticas, pode ser eficaz contra alguns tipos de fungos. Um exemplo do seu potencial é sua ação contra Trichophyton e Microsporum (causadores de manchas na pele) em combinação com o líquido propilenoglicol.
Efeito anti-inflamatório: O flavonoide chamado galangina impede a formação de enzimas que causam reações responsáveis por sintomas de inflamação e dor em humanos. Além disso, o própolis estimula a imunidade celular e incentiva a atividade de destruição de corpos estranhos (atividade fagocítica).
Efeito antioxidante: A presença de radicais livres nas células, resultantes de reações de oxidação, podem causar morte celular precoce. Isso faz com que várias doenças possam ser desenvolvidas, como cardiovasculares, reumáticas, neurológicas, diabetes e envelhecimento precoce. Os flavonoides presentes no própolis conseguem eliminar do nosso corpo esses radicais livres em excesso.
Efeito cicatrizante: Os flavonoides são também os responsáveis por essa propriedade do própolis. O efeito cicatrizante do própolis, também presente no extrato de própolis, está ligado a outros de seus benefícios, como a ação antioxidante, que ao retirar os radicais livres permite a regeneração de células e tecidos, e o poder anti-inflamatório do própolis, que promove por si só uma cicatrização do local. Por muito tempo, o própolis foi usado em sua forma bruta em guerras, sendo passado diretamente em cima dos ferimentos dos soldados.
Efeito imunomodulador: Em estudos em camundongos, o ácido cafeico presente no própolis apresentou aumento da produção de CD4 e CD8 (células de defesa do corpo) e anticorpos específicos.
Efeito antineoplásico: Estudos indicam eficácia dos flavonoides do própolis no combate à substância dioxina, produzida na degradação de produtos que contêm cloro (como plásticos e herbicidas). A dioxina é absorvida pelos humanos através da cadeia alimentar, já que está presente na água, em vegetais e, consequentemente, em animais dos quais nos alimentamos, e promove a formação de substâncias cancerígenas. Além disso, outros diversos compostos do própolis têm sido isolados e usados em estudos que buscam impedir o crescimento de tumores.
Observações gerais: O principal risco do própolis, em sua forma bruta, está relacionado ao teor de açúcar, que pode ser um risco para indivíduos diabéticos ou com propensão a desenvolverem a doença. O própolis pode provocar alergia em algumas pessoas, com sintomas como inchaço, vermelhidão, coceira ou urticária na pele, em pessoas mais sensíveis ou com histórico de alergia, o ideal é pingar 2 gostas do extrato de própolis na pele e aguardar cerca de 30 minutos para ver se surge alguma vermelhidão. O consumo do própolis em sua forma bruta também pode manchar os dentes, para evitar esses possíveis riscos, o ideal é usar extrato de própolis.
Fonte: Site ecycle – Benefícios do extrato de própolis – Lonk: Própolis
Imagem: Site de imagens gratuitas freeimages.com – Fotógrafo: Adirek K.
Obrigada pela visita 😀