O PRP (plasma rico em plaquetas) é uma técnica desenvolvida no início da década de 1970, onde utiliza o próprio sangue do paciente para realizar tratamentos de forma simples, pouco invasiva e com baixo custo. Os fatores de crescimento do concentrado de plaquetas contribuem para o reparo do tecido lesionado de tendões, ligamentos, músculos, cartilagem e ossos de forma mais acelerada, além de vascularizar regiões onde está com fluxo de sangue reduzido como no caso de feridas e também em tratamentos estéticos onde o objetivo é o rejuvenescimento.
Técnica
Lembra que o sangue é composto por células brancas, células vermelhas, plasma e plaquetas? E que o plasma é a porção líquida do sangue que contém, entre diversas substâncias, os fatores de coagulação? Então, para obter o PRP geralmente é retirado de 20 à 80 ml de sangue do paciente, em seguida, esse sangue passa pelo processo de centrifugação, onde as hemácias do plasma são segmentadas para se obter o PRP, que será ozonizado antes da aplicação, e assim, potencializará os resultados do tratamento por agregar os benefícios do ozônio.
Aplicações e indicações
- Subcutânea: Alopécia e crescimento capilar.
- Dérmica: Atenuar rugas e marcas de expressões do rosto, colo e pescoço; Preencher estrias; Rejuvenescimento das mãos; Redução de olheiras.
- Intra articular: Crescimento de cartilagem.
- Tópica: Acelerar cicatrização de ferida cirúrgica, úlcera e lesão por pressão; Após microagulhamento e dermapen.
Cuidados
- O procedimento tem que ser realizado em até 20 minutos, que é o tempo máximo para liberação dos fatores de crescimento.
- Somente o PRP líquido pode ser ozonizado, nunca o PRP gel, pois o gel é ativado com gluconato de cálcio, e este reage com ozônio e forma um ácido.
- Não é recomendado o uso de anti-inflamatório após a aplicação de PRP, pois reduz o processo de inflamação que se pretende provocar, necessário para o mecanismo de reparo do tecido.
Observações
- Não tem risco de reação ou hipersensibilidade, pois o PRP é processado com o próprio sangue do paciente, por isso é chamado de “plasma autólogo”
- Todo o material utilizado no procedimento deve estar estéril, inclusivo o local onde se prepara, que deve ser apropriado para manipular material biológico.
- Ainda é considerado um tratamento experimental.
Áreas da saúde onde utilizam o PRP
- Ortopedia.
- Odontologia
- Dermatologia.
- Tratamento de feridas.
SEMINÁRIO ANVISA 2018
Regulamentação do PRP: 16 e 17 de agosto de 2018
- Reconhecimento do uso odontológico do PRP pelo Conselho Federal de Odontologia.
- Perspectiva de reconhecimento pelo Conselho Federal de Medicina.
- Avaliado os possíveis desdobramentos para a regulação de PRP no Brasil.
Obrigada pela visita 😀
Fonte do conteúdo
- IBCOZ: Capacitação em PRP e PRF ozonizados.
- Site Bioscience: Plasma rico em plaquetas.